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Entrevista a Alejandro Valverde

Valverde como se sente depois desta nomeação como melhor ciclista do mês de Março?
Valverde: Em primeiro lugar quero agradecer a todo o apoio que o staff e o conjunto de ciclistas que constituem a equipa profissional da Caisse, sem eles não chegava aos meus objectivos.
Neste momento sinto-me muito feliz, acho que o prémio só demonstra o trabalho de toda a equipa, vamos trabalhar ainda mais para alcançar todos os objectivos delineados no inicio da época. Também se o director desportivo exigir, que trabalhe para um colega que esteja na frente, trabalharei para ele, com certeza e vice-versa.

Quais são os seus objectivos para esta temporada?
Valverde: Os objectivos …. só o director desportivo sabe, neste momento estou em forma, e Pica’R pode com certeza contar comigo. Um dos objectivos que gostava de realizar era, revalidar a conquista da Vuelta a Espana onde fui muito feliz no ano passado. E porque não, tentar sair dos campeonatos nacionais com o titulo de campeão nas estradas.

Quais pensa serem os seus grandes adversários para provas de três semanas?
Valverde: Todos são adversários, até eu cortar a meta primeiro. Razz

Nestas próximas clássicas que se vão correr, mais precisamente a Amstel gold race, a Liege bastogne Liege e a La Fleche Wallone, o que pensa que pode fazer?
Valverde: Só o director desportivo sabe se vou poder participar nas clássicas, tenho ouvido do meu staff, que estão a pensar levar-me para uma clássica que me será divulgada nos próximos dias.

Gilberto

Ciclista do mês – Março

Depois de em Fevereiro ter aquecido com uma excelente prestação na Vuelta a Andalucia Ruta Ciclista Del Sol, Alejandro Valverde, teve um mês de Março completamente infernal e mostrou que nas colinas manda ele.

Logo a abrir o mês, venceu de forma categórica o Gran Prémio di Lugano na Suila, seguiu-se uma excelente participação no Paris-Nice, com destaque para a vitória na quarta etapa, por fim e para acabar em grande voltou a vencer uma clássica, detsa feita, a correr em casa, o Gran Prémio Llodio.

Foi sem dúvida um mês fantástico para Valverde, recheado de vitórias, e que viu ser coroado com o prémio de ciclista do mês.

El Comandante

Não houve lugar para surpresas no dia dedicado às clássicas

Apesar das más condições climatéricas, foi um domingo escaldante, com nada mais nada menos que três clássicas em três países europeus diferentes.

Comecemos pelo Grand Premio de Lugano, na Suiça, que contou com a presença de grandes estrelas do ciclismo internacional como Kim Kirchen (Rabobank), Alejandro Valverde (Caisse d’Epargne) ou Philippe Gilbert (OmegaPharma-Lotto).

A prova contou com várias fugas, com muita gente a querer tentar a sua sorte. De resto, as coisas começaram a animar logo no primeiro quilómetro, com Luis Pasamontes(Caisse), Aitor Galdos(Radobank) e John Devine(Team Columbia) – a quem foi atribuido o prémio de combatividade – a conseguirem descolar-se do pelotão. Alguns corredores foram-se juntando a este grupo mas o excelente trabalho da Rabobank e da Caisse d’Epargne fez com que todos eles fossem apanhados.

Alejandro Valverde ao ataque, ataque esse que viria a ser decisivo

A 10km da meta, um ataque fulgurante de Alejandro Valverde apanhou de surpresa os seus adversários, ficando sem reacção possível a este ataque. Vendo que os seus companheiros já não o conseguiam ajudar, Kim Kirchen decidiu lançar-se na preseguição ao líder e contou com a companhia de nomes como Sebastien Joly(Française Jeux) ou Patrick Sinketiwz(Omega-Lotto).

Apesar dos esforços do grupo perseguidor, Valverde prosseguiu imparável para a linha da meta, chegando com cerca de 22seg de vantagem. No sprint de decisão do 2º classificado, Sebastien Jolly conseguiu superar o luxemburguês Kim Kirchen, que comletou o pódio. A grande desilusão da prova foi mesmo Philippe Gilbert, que, apesar de ter terminado em 9º, chegou com mais de um minuto de atraso em relação ao vencedor. Destaque ainda para a equipa OmegaPharma-Lotto, que conseguiu colocar 3 homens nos 10 primeiros, garantindo assim a vitória por equipas.

Passemos agora à Clássica espanhola de Almeria, que contou com nomes como Alessandro Petacchi (Caisse d’Epargne), Oscar Freire (Rabobank) ou David Zabriskie (Quick Step).

Foi uma prova bastante animada, também ela com muitas fugas. Um trio de ciclistas, composto por Rúben Plaza (Benfica), Mickaël Delge (Française des Jeux) e Gorka Verdugo (Team Milram) chegaram mesmo a ter cerca de 6 minutos de vantagem, que só foi anulada a cerca de 10km da meta, muito graças ao excelente trabalho de equipa da Rabobank, Lotto e CGE.

Oscar Freire não deu qualquer hipóteses à concorrência em Almeria

Com os fugitivos alcançados, foi a vez de David Zabriskie e Gustav Larsson (Benfica) tentarem a sua sorte. A indefinição durou até ao último metro com os dois a serem alcançados pelo pelotão. Apesar de tudo, Zabriskie ainda conseguiu garantir um 2º lugar, atrás do grande vencedor e homem da casa, Oscar Freire, que simplesmente não deu hipóteses à concorrência. O alemão Marcel Sieberg (Team Columbia – HTC) completou o pódio. Destaque mais uma vez para a equipa OmegaPharma-Lotto, que conseguiu colocar novamente 3 homens nos 10 primeiros, garantindo mais uma vitória por equipas.

Finalmente, teve lugar a prova de paralelo Kuurne-Bruxelles-Kuurne, na Bélgica. Também aqui estiveram presentes grandes nomes como Filippo Pozzato (Liquigas), o trio belga da Quick Step Tom Boonen, Gert Steegmans e Stjin Devolder, Juan Antonio Flecha (Rabobank), Johan Vansummeren (Garmin – Transitions), entre muitos outros.

Foi uma prova bastante controlada, com a Team Columbia e Quick Step a não darem grandes hipóteses de fuga. Isto não quer dizer que as coisas estivessem calmas, uma vez que a 90km da meta já muitos corredores tinham ficado para trás, tal era o ritmo imposto pelos homens da frente.

A verdadeira animação chegou a 35km da meta com o ataque de Flecha, que se fez acompanhar de Devolder, Leif Hoste (OmegaPharma-Lotto) e Nick Nuyens (Caisse D’Epargne), sendo que George Hincapie (Team Columbia HTC) liderava o grupo perseguidor.

Com vários ataques e contra-ataques nos últimos kms, esta foi uma prova cheia de emoção e incertezas até ao fim. O derradeiro ataque final foi de Juan Antonio Flecha, que a cerca de 2km da meta saiu disparado do grupo que o acompanhava, sendo que ninguém mais o conseguiu apanhar. Devolder foi o homem que mais tentou, chegando alguns metros atrás de Flecha. O seu companheiro Tom Boonen completou o pódio, à frente de Nick Nuyens e Stuart O’Grady (Team Columbia HTC).

Flecha a festejar a vitória na clássica belga

Militas