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Entrevista a Nando12

Levantou a AG2R das ruas da amargura e muitos o têm elogiado pelo trabalho e dedicação ao projecto. Vê-se como uma salvador do ciclismo francês?
Nando12: A verdade é que a Ag2R que eu encontrei à pouco mais de 7 meses estava de rastos e hoje posso dizer, com muito orgulho, que tenho uma equipa de topo. Quanto a eu ser o salvador do ciclismo francês, acho uma designação demasiado forte para mim, tenho-me empenhado em tirar o nome desta grande equipa da lama e para isso conto com a dedicação dos meus rapazes que têem sido do mais formidável que há.

Vladimir Efimkin tem sido uma mini-surpresa esta época, pela combatividade e entrega à luta em todas as provas. Com certeza é indispensável no projecto AG2R, mas será que é completamente impossível a saída do russo?
Nando12:O Vladimir é o nosso grande líder, é um ciclista de uma qualidade imensa e o “general” da minha equipa. Já tive perante propostas milionárias e considerei mesmo deixá-lo abandonar a equipa mas não o consegui fazer. Ele só sairá em último dos casos. Pondero até adquirir na próxima abertura de mercado mais 1 ou 2 homens para o auxiliarem na alta montanha.

Terminada a época das clássicas, Rinaldo Nocentini cumpriu?
Nando12: O Rinaldo…gostava muito de dizer que sim cumpriu mas a verdade é que esteve bastante áquem do esperado, infelizmente para a minha equipa pois ele era a minha grande aposta. Está agora a competir no Giro e espero que ele consiga algo na primeira semana, até agora parece estar em grande forma na grande prova do seu país.

Junho aproxima-se, e, como tal, a abertura do mercado de transferências. O jornal apurou que de facto se quer reforçar para tentar lutar pelo seu objectivo, mas que sectores acha crucial melhorar?
Nando12: Sprints. Não temos um grande nome e para ser sincero o Nazon não nos dá grandes garantias nas provas mais conceituadas. Já tenho alguns acordos e se tudo correr bem veremos a nossa equipa reforçada em Junho próximo.

E para terminar, a pergunta que me faz famoso: quem vai subir à divisão ProTour e quem desce à divisão Continental?
Diria que temos uma luta a 3 para não abandonar o escalão máximo entre a CSF Colnago, Diquigiovanni e Vacansoleil. Veremos quem é capaz de se sobrepôr ás adversárias. Quanto à subida penso que a grande Garmin tem tudo para ser campeã, quanto ao 2º lugar será disputado entre a Cervelo do Gilberto e a Liberty do Pedro, penso que a formação portuguesa se souber gerir bem os seus recursos poderá vencer a corrida.

Jolly

Entrevista a Silva

A época corre dentro do esperado, ou esperava mais ou menos da equipa?
Silva:Esperava um pouco mais da minha equipa, alguns ciclistas desiludiram-me neste inicio de época e algumas contratações não foram as melhores, esperava um pouco mais, principalmente de Hondo, Landis, Grivko, Michele Gaia e Coyot.

As prestações de Mirko Lorenzetto têm sido altamente elogiadas por toda a Europa, estando inclusive na lista de potenciais reforços de alguns colossos do ciclismo. Há possibilidade da sua estrela sair em Junho? E confirma uma proposta da Team De Rosa pelo sprinter?
Silva: Realmente, Lorenzetto tem sido a estrela maior desta equipa, tenho recebido algumas propostas por ele entre elas uma da Team De Rosa , que ainda vai ser analisada.
Sairá em Junho se recebermos uma proposta muito boa , mas estou aberto a propostas por ele, mas o nosso objectivo é mantê-lo na equipa pelo menos até ao final da época.

A Acqua & Sapone foi apontada desde o início da temporada como uma das candidatas à subida. Pensa que está num bom caminho para tal?
Silva:Ainda temos algumas possibilidades de subir, mas será muito difícil porque, há equipas, que têm melhor plantel, tiveram um inicio de epoca melhor que a nossa e já têm alguma vantagem.

Floyd Landis tem sido criticado por não estar ao nível desejado. Partilha da mesma opinião?
Silva:Sim , realmente o Floyd não tem estado a um bom nível nas provas em que tem participado, talvez por ainda não estar bem adaptado a esta equipa.
Estamos a ponderar pô-lo na lista de possíveis transferências para Junho, depende do seu desempenho até lá.

Planeia reforçar-se em Junho? Se sim, que sectores tem como prioridade?
Silva: Em Junho pretendia reforçar a minha equipa com um homem para três semanas , em que já fiz algumas propostas, também queria um homem para ajudar Kevin Ista nas clássicas, mas a prioridade é um ciclista para três semanas.

A pergunta da praxe: quem vai subir e quem vais descer?
Para mim os primeiro ligar está praticamente garantido e será para a Garmin se nada de anormal acontecer, para o segundo lugar temos a Liberty Seguros que está a fazer uma grande época e que tem equipa para subir, a Cervelo pelas mesmas razões, a Katusha que se continuar com estes resultados também é um boa candidata a subir e por fim a Team de Rosa que começou mal , mas agora com o novo DD tem feito resultados interessantes e com a equipa que tem também é uma forte candidata a subir ao Pro-Tour.
Em relação à descida, para mim as principais favoritas a descer são a Lampre, Footon – servetto, Colnago e Androni.

Jolly

Entrevista a MindPeter

A Columbia continua a ser apontada como possível vencedora do ProTour nesta época. Partilha dessa opinião?
Mind Peter: Penso que não, a Team Columbia é uma equipa de clássicas, principalmente no pavê. Este tipo de corridas já passaram no calendário, e apesar de termos tido alguns bons resultados, a nossa equipa não se destanciou no ranking. A partir daqui poderemos ter algum sucesso através dos sprinters, mas lutar pelo GC nas grandes voltas irá ser difícil.

As Ardenas terminaram, Frank Schleck desempenhou bem o seu papel?
Mind Peter: Não, sendo um dos principais favoritos e líder incondicional desta equipa, deveria feito algo mais do que um pódio na Fleche Wallone. Para o ano teremos que reflectir na estratégia a seguir, que pode passar por novos reforços!

Já muitas vezes elogiou as prestações do “jovem” Stuart O’Grady. Apesar de o ter contratado, esperava a qualidade que o australiano tem demonstrado?
Mind Peter: Estou muito satisfeito com a contratação de O’Grady! Tem feito resultados excepcionais, e mesmo nos sprints, algo que deixou há algumas épocas, já alcançou alguns bons resultados nesta.Penso que a sua época não poderia estar a correr melhor.

Falta pouco menos de um mês para o mercado reabrir, pensa reforçar-se? E em que sectores?
Não é minha política mexer a meio da época, no entanto, talvez um reforço jovem, ou uma boa oportunidade de negócio possam acontecer.

Frank Schleck foi uma presença surpresa no Giro d’Italia, é ele o grande candidato à vitória ou atira a pressão para algum adversário?
Mind Peter: Inicialmente ele não estava previsto ir ao Giro, no entanto a sua forma não estava nas melhores condições na altura das Ardennas, tentamos prolongá-la, de modo a realizar o Giro. Penso que é um percurso indicado ao Schleck, e conta com uma equipa equilibrada para o ajudar.

Pode ser chato, mas tenho de perguntar: que equipas sobem e que equipas descem?
Mind Peter: Na minha opinião, Garmin e Cervelo são as favoritas à subida.Quanto à descida não é tão fácil de prever, no entanto penso que a Lampre e a Colnago por diferentes razões, estão “num bom caminho” para a descida!

Jolly

Entrevista a Claudio

Quais são os objectivos da sua equipa para esta temporada?
Claudio: Os objectivos para esta temporada são de principalmente melhorar o plantel,e conseguir algumas vitórias em etapas em provas Espanholas principalmente.

Qual o motivo que o levou a sair da Androni e a aceitar este projecto?
Claudio: O motivo que me fez sair da Androni foi de estar cansado de gerir a equipa pois estive lá cerca de 2 anos,e o que me fez aceitar o projecto da Xacobeo foi de estar a precisar de um desafio novo e quero fazer com a Xacobeo o que fiz com a Androni,ou seja de a levar até ao escalão máximo do ciclismo.

Quais pensa serem os pontos fracos da sua equipa e ja agora os pontos fortes?
Claudio: Os pontos fracos da minha equipa é principalmente a montanha e também a falta de um homem para vencer gerais,onde o homem mais capaz de vencer provas é o Gustavo César Veloso,já os pontos fortes da equipa é claramente os sprints pois temos três homens bastante rápidos o Marco Cunha,o Hutarovic e o Greg Henderson.

Num momento em que nos aproximamos do periodo de transferencias, que tipo de ciclistas tem em mente para contratar para a sua equipa?
Claudio:Para já tenho poucos ciclistas em mente mas vou apostar no jovem e tentar contratar 1 líder para equipa e vários homens que se safem na montanha.

E agora a pergunta habitual do jornal, quem pensa serem os grandes candidatos a descerem de divisão e quais pensa serem as equipas candidatas a subirem de divisão?
Claudio: Para mim as principais equipas a descerem de divisão são CSF Colnago e a Androni mas se tanto a Androni como a CSF forem bem geridas penso que se safarão da descida, quanto á subida a minha aposta vai para a Garmim e para Team De Rosa.

Gilberto

Entrevista a Danilo Di Luca

Di Luca quais os seus grandes objectivos para esta temporada?
Di Luca: Os meus principais objectivos são o Top10 no Giro e o Top3 na Volta a Portugal.

Como se sente depois de ter vencido a Amstel gold race?
Di Luca: Ainda não estou na minha melhor forma fisica, espero conseguir ficar em forma após o Tour de Romandie…

Como foi a ambientação ao modo de treino do novo director desportivo (Nuno)?
Di Luca: Não foi, pois continuamos a treinar segundo os critérios do preparador fisico, que está na equipa desde o inicio da época.

Quais pensa ser as reais hipoteses da Team de Rosa para esta temporada?
Di Luca: Acho que poderemos ficar no top5 das Equipas Continentais, pelo menos este ano ainda não temos o objectivo de subir, mas nunca se sabe, podemos surpreender…

Num momento em que se fala de transferencias e depois dos seus bons resultados pensa que pode sair para uma equipa de pro-tour ou preferia-se manter neste projecto?
Di Luca: Não penso em sair, estou feliz nesta equipa e bastante interessado no projecto que me foi proposto pelo D.D.

Gilberto

Entrevista a Liedshow

Está contente por estar na Rabobank ou preferia estar numa equipa ainda melhor?
Estou muito satisfeito por estar na Rabobank porque sinto que a curto prazo posso lutar de igual para igual com a grande favorita Caisse, que teve uma decisão estratégica que ajudou as 2 equipas(Caisse e Lotto) no final do mercado, e que caso não a tivesse conseguido muito provavelmente a Rabobank estaria mais perto. O que posso dizer quando sinto que estou numa das 5 melhores equipas do mundo, só posso estar feliz. Sinto que tenho feito um grande trabalho pois a equipa está cada vez mais forte para competir em qualquer prova, e neste momento já se teme a Rabobank. De futuro gostaria de tentar começar de baixo e ambicionar chegar a ProTour com a minha equipa de coração por ter sido a minha primeira no jogo, a Andalucia.

O desempenho da equipa vai de encontro ao planeado?
Não vai de encontro ao planeado, está a superar as expectativas pois temos bastantes vitórias estamos na luta pelo segundo lugar ProTour e temos sido bastante consistentes, realizando sempre excelentes encaixes. Temos sido também um pouco prejudicados pelas suspensões das provas(entenda-se simulações repetidas), mas não serve de desculpa, embora o que seja certo é que estaríamos muito mais próximos da Caisse.

Agora com o pavé terminado, Kirchen e Menchov são as peças chave ou confia em mais alguém?
Kirchen e Menchov são peças chave sem dúvida, mas não se esqueçam do Soler, e gostaria também de reforçar a ideia em Brajzkovic um corredor que esteve sempre apagado na Liquigas e que aqui desempenhará um papel fundamental possivelmente numa grande volta. Weening, Posthuma, Tankink e Mollema podem sempre ser grandes soluções nas provas de menor importância quando os grandes nomes não estiverem por perto.

A luta pelo ProTour está complicada, mas pensa que ainda pode chegar ao tão ambicionado título?
Pensar, penso mas é muito difícil quando se vê uma Caisse que de raiz já tinha de longe a melhor equipa do jogo com várias especialistas por etapas e para clássicas, e penso que esta época ainda melhorou. Contudo tal como eu tive o ano passado a desistência do Menchov na volta a França, os azares também tocam à porta dos outros, e os abaixamentos de forma também por isso porque não acreditar.

Com a época de transferências a apenas 2 meses, e com muita especulação já em torno de algumas equipas/corredores, já está a prepará-la ou confia cegamente no plantel que tem?
Confio cegamente no meu plantel, provavelmente não sairá ninguém e entradas só se surgir uma grande oportunidade de negócio. Podemos reforçar a equipa mas não num grande nome, pois esses estão fora de cogitações para já, mas digo desde já que quer Pellizotti quer Di Luca são nomes que me agradam.

Não seria o Semprenaroda sem a pergunta habitual. Quem vai subir ao ProTour e quem vai descer ao Continental?
Quem sobe ao ProTour, Garmin e aposto bastante na Acqua Saponne, acho que ainda pode fazer boa figura, tem excelentes ciclistas voltados para provas de 1 dia e sprints que penso serem fundamentais para a subida. Descer, acho difícil mas deixo a Colnago( a não ser que este director desportivo de novo alento à equipa) que está a melhorar e infelizmente terei de referir a hipótese Euskadi mas espero que não pois gosto bastante da equipa , mas penso que é moldada para provas em Espanha, espero que me engane.

Jolly

Entrevista a Alejandro Valverde

Valverde como se sente depois desta nomeação como melhor ciclista do mês de Março?
Valverde: Em primeiro lugar quero agradecer a todo o apoio que o staff e o conjunto de ciclistas que constituem a equipa profissional da Caisse, sem eles não chegava aos meus objectivos.
Neste momento sinto-me muito feliz, acho que o prémio só demonstra o trabalho de toda a equipa, vamos trabalhar ainda mais para alcançar todos os objectivos delineados no inicio da época. Também se o director desportivo exigir, que trabalhe para um colega que esteja na frente, trabalharei para ele, com certeza e vice-versa.

Quais são os seus objectivos para esta temporada?
Valverde: Os objectivos …. só o director desportivo sabe, neste momento estou em forma, e Pica’R pode com certeza contar comigo. Um dos objectivos que gostava de realizar era, revalidar a conquista da Vuelta a Espana onde fui muito feliz no ano passado. E porque não, tentar sair dos campeonatos nacionais com o titulo de campeão nas estradas.

Quais pensa serem os seus grandes adversários para provas de três semanas?
Valverde: Todos são adversários, até eu cortar a meta primeiro. Razz

Nestas próximas clássicas que se vão correr, mais precisamente a Amstel gold race, a Liege bastogne Liege e a La Fleche Wallone, o que pensa que pode fazer?
Valverde: Só o director desportivo sabe se vou poder participar nas clássicas, tenho ouvido do meu staff, que estão a pensar levar-me para uma clássica que me será divulgada nos próximos dias.

Gilberto

Entrevista a Militas

Ainda faltando o Paris-Roubaix, Boonen cumpriu ou ficou aquém?
Militas: Estou muito satisfeito com o empenho e desempenho de Boonen. É um corredor que trabalha imenso todos os dias e, felizmente, esse trabalho tem vindo a ser recompensado com excelentes resultados, não só no pavé mas também em etapas propícias para o seu poderoso sprint. Toda a equipa técnica da Quick Step sente que Boonen cumpriu largamente até a altura e, obviamente, temos fé numa vitória no principal objectivo da época, o Paris-Roubaix.

Tirando Boonen, a equipa esteve a altura nesta fase importante da época para a Quick-Step?
Militas: Com certeza, basta ver os excelentes resultados que temos vindo a conseguir. Devolder, por exemplo, brilhou em muitas clássicas, faltando-lhe apenas alguma sorte para conseguir uma vitória que ele tanto procura. Nota também para os jovens da equipa que têm também dado nas vistas, dando garantias que teremos um futuro estável da equipa.

O que espera da sua gente para o resto da época?
Militas:Espero acima de tudo, e como referi anteriormente, ganhar o Paris-Roubaix. Depois tenho várias ambições como vencer mais algumas clássicas e amealhar bastantes etapas nas grande voltas, uma vez que será muito difícil para nós conseguirmos lutar pelos primeiros lugares da geral. De resto, um dos grandes objectivos é também encontrar um corredor capaz de discutir a classificação geral nas grandes voltas.

Com a época de transferências a aproximar-se, planeia o reforço do contingente?
Militas: Uma equipa como a Quick Step tem de pensar sempre em melhorar o plantel, apesar do plantel actual nos dar todas as garantias. Como referi atrás, procuramos um corredor com características muito específicas mas temos noção que nos dias que correm é muito complicado convencer os responsáveis das equipas a vender tais atletas. Mas quem sabe se não teremos alguma sorte e consigamos trazer um reforço de peso.

Agora que já se tem uma ideia de quem pode lutar pelo título ProTour, a Quick-Step está incluída nessa luta ou contenta-se com um top5?
Militas: Penso que existem equipas bastante fortes que não darão tréguas nessa luta. Será muito complicado para qualquer uma delas conseguir alcançar o título, mesmo para o actual líder, a Caisse d’Epargne, que é sem dúvida uma das principais candidatas. Quanto à minha equipa, considero que somos um outsider, que poderá obter um resultado muito interessante. Naturalmente, ficaríamos todos muito felizes se conseguíssemos ganhar mas estar nos lugares cimeiros já é motivo de satisfação e de ambição.

A pergunta é repetitiva mas terá de ser. Quem vai subir ao ProTour e quem vai descer ao Continental?
Militas: Bom, a primeira parte da pergunta parece-me bastante óbvia. A Garmin – Transitions é claramente a equipa mais forte e com mais fortes possibilidades de subir. Depois existe uma luta bastante interessante e sinceramente não arrisco numa pois há muitas que têm argumentos para subir. Quanto à segunda parte da pergunta e por uma questão de respeito para os meus adversários actuais, prefiro não referir nomes mas creio que a decisão vai depender da estabilidade das equipas que se encontram no fundo da tabela. Como é de conhecimento geral, algumas equipas tiveram problemas na direcção e estou convencido que aquelas que não conseguirem manter alguma estabilidade serão as que acabarão por descer ao Continental.

Jolly

Entrevista a Nuno

Primeira pergunta óbvia: porquê a mudança para a Team De Rosa?
Nuno:Os resultados na minha anterior equipa foram bastante fracos durante estes 3 meses de 2010, isso levou a que pensa-se que seria melhor sair e procurar um novo desafio, pois tanto eu como a equipa sentiamos que o nosso trabalho nao culminava em resultados satisfatórios, tanto para os ciclistas como para o D.D e os patrocinadores. Gostaria de desejar boa sorte a toda a equipa, e agradecer a todos os corredores a boa colaboração nos tempos em que trabalhámos em conjunto. Principalmente, o Pinotti que foi dos ciclistas com quem mais gostei de trabalhar.

Que é que correu mal no projecto Rock Racing?
Nuno:Faltavam corredores para determinadas provas, principalmente clássicas acidentadas, onde não tinhamos ninguem capaz de disputar sequer um top10. Além disso, não tinhamos nenhum sprinter capaz de discutir etapas mesmo em provas de menor dimensão, o que me desiludiu bastante. Já para não falar de Sevilla, que apesar de ser um excelente trepador, tem uma fraqueza, o fraco contra – relógio que fez com que não obtivesse os resultados esperados, tanto nas provas por etapas como nas clássicas onde também não esteve ao nivel esperado.

Que objectivos terá agora para esta equipa que se encontrava sem dono?
Nuno:Não temos nenhum objectivo em concreto, mas queremos mostrar o que esta equipa tem de bom, pretendo participar no Giro, onde o DI Luca poderá fazer algo de bom, sem estipular nenhum obejctivo pois apenas participou numa prova esta época e a sua forma está algo deficiente, também iremos tentar mostrar a camisola da equipa em todas as provas italianas e obter bons resultados. Ainda há a Volta a Portugal, que sendo a principal prova do meu Pais, será um dos principais objectivos desta época tanto para mim como para a Equipa.

Já provou que consegue alterar completamente o rumo de uma equipa e colocá-la entre os melhores. Acredita que o vai conseguir novamente?
Nuno:Sim, não sei se isso será possivel ainda esta época, mas no máximo na próxima época irei tentar subir de divisão com esta equipa, pretendo manter a maioria do plantel esta época, fazendo apenas 1 ou 2 reajustes a meio da época, e apenas no fim da época irei tentar melhorar mais significativamente a equipa de modo a prepará-la para a subida de divisão.

Pensa que ainda vai a tempo da subida ao ProTour? Ou acha que não tem equipa para tal?
Nuno:Talvez, apenas o tempo o dirá, mas acho que devido à falta de um Sprinter de topo e de alguns lançadores, a subida de divisão não será alcançada já esta época.

E a pergunta da praxe. Quem acha que vai subir ao ProTour e descer ao Continental?
Nuno:Há várias candidatas a subida, a principal é a Garmin, que por pouco não subiu no ano passado, outras candidatas são a Cervelo, a Liberty e Cofidis, que tem tido bons resultados nos ultimos tempos.
Em relação à descida, os principais candidatos são na minha opinião, a Vacansoleil, a Colnago e a Lampre que tem sido bastante mal gerida.

Jolly

Entrevista a Andy Schleck

Andy como se sente depois de ganhar o prémio de melhor jovem do mês?
Andy Schleck:
Sinto-me feliz, é um prêmio bom, mas nada de mais, vou continuar a trabalhar para ganhar o que mais ambiciono.

Quais os seus objectivos para esta temporada?

Andy Schleck: Em principio o Tour ou o Giro.

Contava ganhar o Paris- Nice depois de ter tanta concorrência pela vitória na prova?
Andy Schleck:: Não fomos para ganhar, iamos para fazer uma vitoria em etapa, ganhamos e ficamos contentes por isso.

Agora uma pergunta um pouco mais pessoal, como é que é correr contra o seu proprio irmão, depois de já terem corrido na mesma equipa?
Andy Schleck:: Não é igual como era no passado, gostava de o ter cá outra vez, e pode ser que isso aconteça. Na vida fora da bicicleta somos irmãos, ás vezes treinamos juntos e tudo, na bicicleta é como se fosse qualquer outro ciclista de outra equipa.

Pensa que a equipa está mais forte ou mais fraca para o poder ajudar numa grande volta?
Andy Schleck:Penso que esta mais ou menos igual, mas damo-nos todos muito bem, e vamo-nos ajudar muito numa grande volta, e fazer de tudo para ganhar.

Gilberto