Monthly Archives: Maio 2010

Giro d’Itália – 2ª semana

Estamos de volta para descrevermos esta segunda semana do Giro de Italia. Uma semana em que obviamente  se esperavam movimentações na classificação geral.
Bem a nona etapa era uma etapa para sprinters, já que  nem contagens de montanha tinha no seu percurso. Como sempre formou-se uma fuga mas mais uma vez não teve sucesso e a etapa foi descutida ao sprint, Baden Cooke com alguma surpresa foi o vencedor seguido de Mattheu Goss e Mirco Lorenzetto terceiro. Riccó mantinha a rosa.
A décima etapa era bastante montanhosa e prometia fazer  algumas diferenças na geral individual. Dekker ganhou a etapa, Basso foi segundo e Popovysh foi terceiro, Riccó perdeu cerca de 1 minuto e 34 segundos e como tal perdeu a rosa para endiabrado  Dekker.
A décima primeira etapa era mais uma vez propícia aos sprinters e assim foi. Bennati ganhou seguido de Dekker que com supresa foi segundo, o terceiro lugar foi ocupado por Goss.
Seguiu-se  um contra-relógio individual. Bruseghin esteve muito tempo na frente mas quando os grandes candidatos começaram o seu contra-relogio logo se viu que Bruseghin não iria acabar com o melhor tempo, Dekker mais uma vez ganhou mostrando ser o mais forte da actual edição do Giro, Popovich mais uma vez foi segundo e Kirchen realizou o terceiro melhor tempo. Graças ao brilhante contra-relógio que fez, o holandês da Team Sky deu um passo de gigante rumo à conquista do Giro já que aproveitou esta etapa para se distanciar bastante dos seus adversários. Dekker tinha por esta altura  uma vantagem superior aos 2 minutos para o segundo que era agora Popovich.
A décima terceira etapa era plana e como tal os sprinters tinham nova oportunidade para brilhar. Para surpresa de muitos Alberto Loddo ganhou a etapa, Lorenzetto foi segundo e Steven de Jongh terceiro. Esta  etapa foi marcada pelo vento  que permitiu a Dekker ganhar 56 segundos a toda a concorrência. Agora a vantagem era de 3 minutos em relação ao segundo.
Seguiu-se uma etapa de média montanha que não trouxe grandes alterações na geral individual. Gesink ganhou a etapa seguido de Nibali e Kirchen.
No final da segunda semana de prova podemos concluir que Dekker está bem lançado para ser o grande vencedor da corrida italiana,  já que tem a rosa com uma vantagem de cerca de 3 minutos para Popovich (segundo), o terceiro lugar é ocupado por Riccó, enquanto Frank Schleck é quarto já a praticamente 5 minutos da liderança. Kirchen é quinto , Basso sexto, Nibali sétimo a sete minutos e meio, Gesink é oitavo a oito minutos e 39 segundos, Leipheimer nono a dez minutos e Di Luca fecha o top 10 provisório deste giro. Dekker ainda domina na classificação dos pontos, Riccó é líder na classificação da montanha e a Caisse d´epargne é a primeira na classificação por equipas, na juventude Gesink domina com uma vantagem de 15 minutos para o segundo classificado .

Gilberto/El Comandante

Giro d’Italia – 1ª semana

Tal como o prometido aqui está o resumo desta primeira semana de Giro. Na primeira etapa, que se tratava nada mais nada menos do que um contra-relogio de equipas, como seria de esperar a equipa Team columbia ganhou com Michael Rogers a assumir a liderança do Giro, tornando-se assim o primeiro camisola rosa desta edição.
A segunda etapa era claramente uma etapa para os sprinters,  apenas um momento digno de registo para esta etapa, a queda de Bruseghin, no sprint final Matthew Goss (Saxo Bank) ganhou a etapa seguido de Petacchi e de Bennati, George Hincapie assumiu a camisola rosa.
A terceira etapa foi algo confusa pois era uma etapa para sprinters mas o vencedor foi Luca Paolini, Kirchen foi segundo e Boasson Hagen foi terceiro ganhando assim  a camisola rosa.Em três dias de prova já tinhamos tido três camisolas rosa diferentes mas todos da Team columbia.
A quarta etapa coincidiu com a primeira chegada ao alto, existiram vários ataques ao longo da ultima montanha, mas a vitória sorriu a Riccardo Riccó, Kirchen voltou a ser segundo, Frank Schleck foi terceiro e Di Luca quarto. Estes quatro homens ganharam tempoimportante a todos os outros adversários entre os quais Leipheimer, Soler, Ardila, Arroyo, Valjavec, Gerdemann e Niballi que perderam 2 minutos. Schleck ficou com a rosa, sendo o quarto ciclista diferente da team columbia a ter no seu corpo a tal camisola.
A quinta etapa voltou a ser ganha por Riccardo Riccó, Gesink foi segundo e Di Luca terceiro. Schleck manteve a liderança, tornando-se o primeiro a conseguir tal proeza neste giro.
A sexta etapa era mais uma destinada aos trepadores, Thomas Dekker atacou e ninguem o conseguiu acompanhar ganhando assim a etapa, Popovysh foi segundo e Nibali terceiro. Destaque pela negativa para  Garzelli e Landis que perderam 7 minutos nesta etapa dizendo adeus à luta pela geral. Riccó assumiu a liderança da prova sendo o primeiro ciclista italiano a liderar a prova este ano.
A sétima etapa destinava-se aos sprinters e assim foi com a vitória a sorrir a Bennati, que deu assim a segunda vitória para aLiquigás, Petacchi foi segundo e Goss terceiro. Nsta sétima etapa, embora se tratasse à partida de uma etapa tranquila deu-se  uma queda que ditou a perda de 3 minutos para Gesink e Di Luca.
Oitava etapa mais uma para trepadores. No inicio da corrida Gerdemann caiu mas  facilmente regressou ao pelotão. Dekker alcançou nesta etapa a segunda vitória neste Giro,  seguido mais uma vez de Popovych que cortou a meta  a cerca de 40 segundos, Basso foi terceiro. Monfort, Leipheimer, Nibali e Schleck perderam 1 minuto e meio e por sua vez Soler e Efimkin perderam dois minutos. Ricardo Riccó manteve a rosa, Dekker subiu ao segundo lugar e está agora a 19 segundos da liderança, Schleck fecha o pódio a 1 minuto e meio de Riccó. Basso é o quarto classificado, Popovych é nesta altura quinto com 1 minuto e 35 segundos de atarso, Kirchen é sexto já a dois minutos, segunido-se Nibali a 3 minutos, Leipheimer a 4 minutos, Gesink e Soler a 4 minutos e meio. Na juventude Gesink domina, nos pontos e na montanha Riccó lidera, a nivel das equipas Caisse d´epargne está na liderança.

Gilberto/El Comandante

Entrevista a Nando12

Levantou a AG2R das ruas da amargura e muitos o têm elogiado pelo trabalho e dedicação ao projecto. Vê-se como uma salvador do ciclismo francês?
Nando12: A verdade é que a Ag2R que eu encontrei à pouco mais de 7 meses estava de rastos e hoje posso dizer, com muito orgulho, que tenho uma equipa de topo. Quanto a eu ser o salvador do ciclismo francês, acho uma designação demasiado forte para mim, tenho-me empenhado em tirar o nome desta grande equipa da lama e para isso conto com a dedicação dos meus rapazes que têem sido do mais formidável que há.

Vladimir Efimkin tem sido uma mini-surpresa esta época, pela combatividade e entrega à luta em todas as provas. Com certeza é indispensável no projecto AG2R, mas será que é completamente impossível a saída do russo?
Nando12:O Vladimir é o nosso grande líder, é um ciclista de uma qualidade imensa e o “general” da minha equipa. Já tive perante propostas milionárias e considerei mesmo deixá-lo abandonar a equipa mas não o consegui fazer. Ele só sairá em último dos casos. Pondero até adquirir na próxima abertura de mercado mais 1 ou 2 homens para o auxiliarem na alta montanha.

Terminada a época das clássicas, Rinaldo Nocentini cumpriu?
Nando12: O Rinaldo…gostava muito de dizer que sim cumpriu mas a verdade é que esteve bastante áquem do esperado, infelizmente para a minha equipa pois ele era a minha grande aposta. Está agora a competir no Giro e espero que ele consiga algo na primeira semana, até agora parece estar em grande forma na grande prova do seu país.

Junho aproxima-se, e, como tal, a abertura do mercado de transferências. O jornal apurou que de facto se quer reforçar para tentar lutar pelo seu objectivo, mas que sectores acha crucial melhorar?
Nando12: Sprints. Não temos um grande nome e para ser sincero o Nazon não nos dá grandes garantias nas provas mais conceituadas. Já tenho alguns acordos e se tudo correr bem veremos a nossa equipa reforçada em Junho próximo.

E para terminar, a pergunta que me faz famoso: quem vai subir à divisão ProTour e quem desce à divisão Continental?
Diria que temos uma luta a 3 para não abandonar o escalão máximo entre a CSF Colnago, Diquigiovanni e Vacansoleil. Veremos quem é capaz de se sobrepôr ás adversárias. Quanto à subida penso que a grande Garmin tem tudo para ser campeã, quanto ao 2º lugar será disputado entre a Cervelo do Gilberto e a Liberty do Pedro, penso que a formação portuguesa se souber gerir bem os seus recursos poderá vencer a corrida.

Jolly

Entrevista a Silva

A época corre dentro do esperado, ou esperava mais ou menos da equipa?
Silva:Esperava um pouco mais da minha equipa, alguns ciclistas desiludiram-me neste inicio de época e algumas contratações não foram as melhores, esperava um pouco mais, principalmente de Hondo, Landis, Grivko, Michele Gaia e Coyot.

As prestações de Mirko Lorenzetto têm sido altamente elogiadas por toda a Europa, estando inclusive na lista de potenciais reforços de alguns colossos do ciclismo. Há possibilidade da sua estrela sair em Junho? E confirma uma proposta da Team De Rosa pelo sprinter?
Silva: Realmente, Lorenzetto tem sido a estrela maior desta equipa, tenho recebido algumas propostas por ele entre elas uma da Team De Rosa , que ainda vai ser analisada.
Sairá em Junho se recebermos uma proposta muito boa , mas estou aberto a propostas por ele, mas o nosso objectivo é mantê-lo na equipa pelo menos até ao final da época.

A Acqua & Sapone foi apontada desde o início da temporada como uma das candidatas à subida. Pensa que está num bom caminho para tal?
Silva:Ainda temos algumas possibilidades de subir, mas será muito difícil porque, há equipas, que têm melhor plantel, tiveram um inicio de epoca melhor que a nossa e já têm alguma vantagem.

Floyd Landis tem sido criticado por não estar ao nível desejado. Partilha da mesma opinião?
Silva:Sim , realmente o Floyd não tem estado a um bom nível nas provas em que tem participado, talvez por ainda não estar bem adaptado a esta equipa.
Estamos a ponderar pô-lo na lista de possíveis transferências para Junho, depende do seu desempenho até lá.

Planeia reforçar-se em Junho? Se sim, que sectores tem como prioridade?
Silva: Em Junho pretendia reforçar a minha equipa com um homem para três semanas , em que já fiz algumas propostas, também queria um homem para ajudar Kevin Ista nas clássicas, mas a prioridade é um ciclista para três semanas.

A pergunta da praxe: quem vai subir e quem vais descer?
Para mim os primeiro ligar está praticamente garantido e será para a Garmin se nada de anormal acontecer, para o segundo lugar temos a Liberty Seguros que está a fazer uma grande época e que tem equipa para subir, a Cervelo pelas mesmas razões, a Katusha que se continuar com estes resultados também é um boa candidata a subir e por fim a Team de Rosa que começou mal , mas agora com o novo DD tem feito resultados interessantes e com a equipa que tem também é uma forte candidata a subir ao Pro-Tour.
Em relação à descida, para mim as principais favoritas a descer são a Lampre, Footon – servetto, Colnago e Androni.

Jolly

Entrevista a MindPeter

A Columbia continua a ser apontada como possível vencedora do ProTour nesta época. Partilha dessa opinião?
Mind Peter: Penso que não, a Team Columbia é uma equipa de clássicas, principalmente no pavê. Este tipo de corridas já passaram no calendário, e apesar de termos tido alguns bons resultados, a nossa equipa não se destanciou no ranking. A partir daqui poderemos ter algum sucesso através dos sprinters, mas lutar pelo GC nas grandes voltas irá ser difícil.

As Ardenas terminaram, Frank Schleck desempenhou bem o seu papel?
Mind Peter: Não, sendo um dos principais favoritos e líder incondicional desta equipa, deveria feito algo mais do que um pódio na Fleche Wallone. Para o ano teremos que reflectir na estratégia a seguir, que pode passar por novos reforços!

Já muitas vezes elogiou as prestações do “jovem” Stuart O’Grady. Apesar de o ter contratado, esperava a qualidade que o australiano tem demonstrado?
Mind Peter: Estou muito satisfeito com a contratação de O’Grady! Tem feito resultados excepcionais, e mesmo nos sprints, algo que deixou há algumas épocas, já alcançou alguns bons resultados nesta.Penso que a sua época não poderia estar a correr melhor.

Falta pouco menos de um mês para o mercado reabrir, pensa reforçar-se? E em que sectores?
Não é minha política mexer a meio da época, no entanto, talvez um reforço jovem, ou uma boa oportunidade de negócio possam acontecer.

Frank Schleck foi uma presença surpresa no Giro d’Italia, é ele o grande candidato à vitória ou atira a pressão para algum adversário?
Mind Peter: Inicialmente ele não estava previsto ir ao Giro, no entanto a sua forma não estava nas melhores condições na altura das Ardennas, tentamos prolongá-la, de modo a realizar o Giro. Penso que é um percurso indicado ao Schleck, e conta com uma equipa equilibrada para o ajudar.

Pode ser chato, mas tenho de perguntar: que equipas sobem e que equipas descem?
Mind Peter: Na minha opinião, Garmin e Cervelo são as favoritas à subida.Quanto à descida não é tão fácil de prever, no entanto penso que a Lampre e a Colnago por diferentes razões, estão “num bom caminho” para a descida!

Jolly

Giro d’Italia

O Giro de Itália deste ano é composto por 21 etapas algumas delas cheias de dureza como é o caso da etapas 17, 16, 10, 4 e 5. Depois temos outras etapas de média montanha, outras etapas propicias a sprinters, um contra-relogio de equipas, uma crono escalada e um contra-relogio indivudual plano. Como podemos ver espetáculo não faltará nestas três semanas de competição.
Para ajudar ainda temos um elenco de luxo presente nesta prova de destacar: Levi Leipheimer, Thomas Dekker, Nibali, Di Luca, Basso, Kirchen, Karpets, Frank Schleck, Kloden, Gesink, Popovych, entre outros.
A nivel do sprinter encontramos nomes como Mcween, Petacchi, Napolitano, Bennati entre outros.
Como equipas convidadas para esta prova temos a Garmin de Basso, a Team de Rosa de Di Luca , a Katusha de Kiryienka, a Acqua Sapone de Landis, a equipa portuguesa da Barbot de Bernabeu.
Com estes nomes e com um perfil de prova tão bem traçado teremos um grande giro, esperemos que os azares não aconteçam e que acima de tudo os ciclistas mostrem toda a sua garra e empenho.
Não percam nos proximos dias o resumo das etapas desta giro.

Gilberto