Monthly Archives: Janeiro 2010

Tour de San Luis – Análise

Esta prova ficou desde logo marcada pela primeira etapa onde várias quedas e alguns cortes no pelotão, desde logo deixaram ciclistas como Juan José Cobo, Jacob Fuglsang, Óscar Sevilla e David Millar a mais de 2minutos e meio da concorrência e praticamente sem hipóteses de lutar pela geral.

Levi Leipheimer foi o vencedor da prova australiana

Devido ás quedas deu-se também o abandono de dois candidatos ao top 10, Luís Leon Sanchez e Igor Anton.

Esta primeira etapa foi vencida por José Joaquín Rojas Caisse d’Epargne ao sprint.

Na segunda etapa Constantino Zaballa surpreendeu os grandes favoritos e venceu uma das etapas mais duras da prova, Matteo Bono foi segundo e envergou a camisola amarela.

No entanto a terceira etapa tratou-se de um contra-relógio individual, que atirou Bono praticamente para fora dos 10 primeiros da geral que passou a ser liderada pelo grande favorito á vitória do Tour, Levi Leipheimer. O norte americano foi segundo no contra relógio, apenas superado por David Millar, que, já sem qualquer aspirações a uma boa classificação geral, apostou tudo nesta etapa.

Ao fim da terceira etapa, Markus Fothen da Madeinox era o único com capacidade para bater o pé à hegemonia da RadioShack que tinha por esta altura 1º,3º e 4º classificados da geral.

A quarta etapa foi marcada pela fuga de 4 nomes importantes desta prova: Cobo, Sevilla, Kiryenka e Guerra. Apesar de terem ganho algum tempo à concorrência, foi insuficiente para se intrometerem verdadeiramente na luta pela prova. Esta etapa foi ganha por Juan José Cobo.

Na etapa seguinte,etapa que acabava a subir, os dois grandes favoritos voltaram a supeirorizar-se a todos os outros e Levi Leipheimer venceu a etapa com 11 segundos de vantagem sobre o 2º Markus Fothen, antevendo-se assim uma luta a dois até ao final da prova. Por esta altura 37 segundos separavam os 2 na geral, havendo já um fosso de 2 minutos entre o homem da Madeinox e o 3º classificado, Marzio Bruseghin.

Porém, a sexta etapa tratava-se de uma etapa totalmente plana que em nada alterou as contas da classificação. Uma etapa sem grande história em que Assan Bazayev da Astana foi o mais forte no sprint final.

Na sétima e última etapa deste Tour de San Luís, a RadioSchack limitou-se a controlar as operações e Fothen teve de se conformar com um brilhante 2º lugar, apenas atrás do favoritíssimo Levi Leipheimer.

Esta etapa foi ganha por Martin Elmiger que assim deu a 2º etapa à LA Rota dos Moveis nesta prova.

Levi Leipheimer foi também ele o vencedor da classificação dos pontos enquanto o estreante Carlos Betancourt da Liquigas venceu a classificação da montanha.

Rein Taaramäe da Quick·Step foi o melhor jovem da prova argentina e a classificação por equipas foi ganha, como seria de esperar, pela Team RadioShack à frente de Madeinox-Boavista e Team Katusha.

Eis o top 10 da classificação geral individual:

1 Levi Leipheimer Team RadioShack 23h01’49

2 Markus Fothen Madeinox Boavista + 37

3 Marzio Bruseghin Team RadioShack + 2’39

4 Lance Armstrong Team RadioShack + 2’59

5 Héctor Guerra Liberty Seguros + 3’06

6 Vasil Kiryienka Team Katusha + 3’15

7 David Blanco Palmeiras Resort / Prio + 3’21

8 Michele Scarponi Centro Ciclismo de Loulé – Louletano + 3’54

9 Samuel Sánchez Euskaltel – Euskadi + 4’02

10 David Bernabéu Barbot – Siper + 4’33

El Comandante

Grand Prix Cycliste la Marseillaise

Marselha

Marselha é o palco desta prova

Clássica francesa que decorrerá no próximo dia 1 de Fevereiro de 2010. Esta prova será principalmente para sprinters que passem bem as colinas, tenham resistência e explosividade, o que será preciso para a última colina da corrida.

A corrida terá nomes como Alexandre Efimkin, David Bernabeu, Baden Cooke, Hans Dekkers, Mathieu Sprick, Tiziano Dall’Antonia, Francisco Pacheco, Martin Pedersen, Andrey Kashechkin, Giampolo Cheula, Ruben Plaza, Rigoberto Uran, Sandy Casar, Stjin Devolver, Koldo Gil, Patrick Sinkewitz, Nick Nuyens, entre outros.
Espera-se uma corrida movimentada, porque é apenas uma clássica e não uma prova de 1 semana.

sergio(marinho)

Pozzato confirma favoritismo

Acabou o Tour Down Under, com a vitória de Filippo Pozzato, da Liquigas.

O italiano garantiu a vitória com uma vantagem de 16″ sobre Óscar Freire (Rabobank) e 30″ sobre Matti Breschel (Astana), 2º e 3º, respectivamente. O top 10 ficou assim definido:

1 Filippo Pozzato Liquigas 19h29’18
2 Oscar Freire Rabobank + 16
3 Matti Breschel Astana Cycling Team + 30
4 Stuart O’Grady Team Columbia – HTC + 47
5 Cândido Barbosa Sport Lisboa e Benfica + 49
6 Andrea Moletta Liberty Seguros + 51
7 Heinrich Haussler Vacansoleil Pro Cycling Team + 55
8 Bert De Waele Caisse d’Epargne s.t.
9 Koldo Fernández Euskaltel – Euskadi + 1’24
10 Sérgio Ribeiro Palmeiras Resort / Prio s.t.

Pozzato foi o vencedor do Tour Down Under e de duas etapas

A vitórias das etapas dividiram-se apenas por 4 ciclistas: Hushovd, que venceu a primeira etapa; Pozzato, que venceu a 2ª e 5ª etapas; Óscar Freire, que venceu a 3ª e 6ª etapas; e Matti Breschel, que venceu a 4ª Etapa. De facto, o dinamarquês da Astana foi a grande sensação desta prova, conseguindo acabar todas as etapas entre os primeiros, revelando uma capacidade de sprint impressionante, ao bater sistematicamente ciclistas como Petacchi, Greipel, McEwen, Haussler, entre outros grandes sprinters que participaram na prova. Stuart O’Grady (Team Columbia-HTC) também esteve surpreendentemente bem, mostrando que o “factor casa” pode revelar forças desconhecidas, ao acabar a prova em 4º lugar.

É de salientar a presença de 2 ciclistas da equipas Continentais no Top 10, são eles: Andrea Moletta, da Liberty Seguros e Sérgio Ribeiro, da Palmeiras Resort/Prio-Tavira. A Cervélo também foi uma equipa Continental em destaque ao conseguir a primeira vitória da prova, por intermédio de Thor Hushovd. A Palmeiras também conseguiu vencer a Camisola da Montanha, com Paul Martens a brilhar nas fugas. Domenik Klemme (Liberty), estreando-se na sua primeira prova profissional, brilhou ao conseguiu vencer a Camisola da Juventude.

Por equipas, foi a Caisse d’Epargne que venceu a prova.

Falando de desilusões, podemos referir Greipel que só na última etapa esteve na discussão, bem como Petacchi que só discutiu a 1ª etapa. Mas pior que estes, estiveram nomes como Hunter, McEwen e aquele que é visto como o melhor sprinter do mundo, Mark Cavendish que não conseguiu absolutamente nada nesta prova, devido à sua incapacidade de posicionamento no pelotão depois de pequenas subidas. Parece que este ciclista necessita urgentemente de treinar as subidas.

Resumindo, para primeira corrida ProTour da época, foi uma corrida recheada de interesse, com revelações, desilusões e uma grande alegria da Liquigas pela revalidação do título de Pozzato.

Drifter

Hushovd mais rápido que todos

Hushovd vence Petacchi ao sprint

Começou a primeira corrida ProTour da época, na Austrália. E a primeira vitória foi para uma equipa Continental, aCervélo. O facto é que foi Thor Hushovd quem venceu a tirada ao sprint, num duelo com Petacchi. Estes dois ciclistas conseguiram projectar-se na frente do pelotão, deixando corredores como Mark Cavendish (Saxobank), Matti Breschel (Astana) e Robbie McEwen (RadioShack) para trás. Greipel, Pozzato, Haussler e Freire nem se conseguiram fazer ao sprint, muito por culpa do mau posicionamento no lado direito do pelotão, antes da derradeira curva à esquerda a poucos metros da meta.

Se é certo que a chegada foi ao sprint, não se pode deixar de referir a fuga que animou toda a etapa desde os primeiros quilómetros até mesmo aos últimos. Foram quatro, os ciclistas que se mantiveram na frente da corrida durante cerca de 130 km: Paul Martens (Palmeiras), William Walker (Androni), Boeckmans (OmegaPharma) e Patrick Gretsch (Vancasoleil). William Walker conseguiu amealhar pontos para a Classificação da Montanha, classificação que a Androni ambiciona dominar. De facto, as equipas dos sprinters, como Liquigas, Caisse d’Epargne, Cervélo, Columbia e RadioShack não permitiram que a fuga se mantivesse demasiado longe, mostrando aqui qual vai ser o curso mais provável das próximas etapas.

De salientar também a queda do sul-africano Robert Hunter, o que se torna numa grande machadada nas ambições da Team Sky para a Classificação Geral.

Hushovd é, portanto, o primeiro líder da Prova Australiana. Kris Boeckmans enverga a camisola dos pontos, William Walker a Camisola da Montanha e Mark Cavendish a Camisola da Juventude.  Caisse d’Epargne é a primeira líder por equipas.

Drifter

Tour de San Luis – Antevisão

Levi Leipheimer é o grande favorito à vitória na Classificação Geral

A primeira prova da época promete ser espectacular uma vez que, embora não pertença ao calendário Pro Tour, irá contar com algumas das maiores estrelas do pelotão internacional. Samuel Sanchez, Janez Brajkovic, Juanjo Cobo, Stefan Schumacher e os veteranos Lance Armstrong e Levi Leipheimer, são algumas das “estrelas” que se irão estrear em 2010 por terras argentinas.

A prova argentina que durará 1 semana, tem etapas para todo o tipo de ciclistas, já que contém etapas de média/alta montanha, etapas planas para uma eventual chegada ao sprint, e também 1 contra-relógio individual, que embora curto poderá decidir o vencedor deste Tour.

Juanjo Cobo é também um dos principais favoritos à vitória final no Tour de San Luis

É também uma prova bastante esperada por alguns fãs da modalidade, já que marcará o regresso à competição dos cazaques Vinokourov e Kashechkin, dois ciclistas que nos habituaram a dar espectáculo e que estiveram ausentes da modalidade durante cerca de 2 anos. Veremos em que condições se apresentam neste regresso à competição.

O vencedor da prova em 2009, Filippo Savini, será o grande ausente de 1 prova onde irão participar algumas das equipas mais conceituadas a nível mundial como a Rabobank, a QuickStep a Caísse D’Epargne e a Liquigas, e que irá contar ainda com uma Radioschack que se apresentará com a artilharia toda.

Para além dos nomes já referenciados como favoritos à vitória, podemos incluir no grupo dos favoritos a um top 15 final ciclistas de valor inegável como Luís Leon Sanchez, David Millar, Floyd Landis, Jacob Fuglsang, Marco Pinotti, Hector Guerra, Óscar Sevilla, David Bernabeu, Markus Fothen, David Blanco, Marzio Bruseghin, Vasil Kiryienka, Igor Anton, Michele Scarponi,…, enfim, um lote de ciclistas de luxo que promete animar bastante as estradas argentinas durante a próxima semana.

El Comandante

Tour Down Under – Antevisão

Prova pertencente ao calendário ProTour, destinada aos sprinters que consigam passar com relativo à vontade as pequenas colinas que estão colocadas no meio das etapas desta prova australiana.

Filippo Pozzato é um dos grandes favoritos, depois de ter conquistado a prova em 2009

Filippo Pozzato da Liquigas é um dos grandes favoritos à vitória final, já que foi 2º em 2008 e na época passada ganhou com uma larga vantagem sobre a concorrência. Este ano porém, a concorrência será de peso já que irão participar ciclistas como Óscar Freire pela Rabobank e Thor Hushovd pela Cervelo, dois dos melhores sprinters da actualidade e que se batem muito bem nas colinas. É

Thor Hushovd regressa à competição depois de alguns meses parado

obrigatório ainda falar em Stuart O’Grady, que a correr em casa e na estreia pela Team Columbia é um candidato a uma vitória, ele que, convém não esquecer, foi o vencedor deste mesmo Tour em 2008.

Estes 4 nomes partem como os grandes favoritos à vitória na prova australiana, já que para além das suas capacidades individuais levarão equipas bastante fortes a seu lado. No entanto, irão também estar presentes nomes como Koldo Fernandez, André Greipel, Robert Hunter, Robbie McEwen, Alessandro Petacchi e Mikhail Ignatiev e

Stuart O'Grady estreia-se pela Columbia a correr em casa

ainda uma armada fortíssima levada pela Team Saxo Bank encabeçada por Mark Cavendish, Fabian Cancellara e Kurt-Asle Arvesen. Todos os nomes referenciados são ciclistas que certamente também terão uma palavra a dizer na discussão das etapas, e da respectiva prova.

Resta ainda falar de alguns ciclistas que embora não sejam favoritos, podem surpreender, como são os casos do espanhol Iñaki Isaki, dos portugueses Manuel Cardoso e Cândido Barbosa, do brasileiro Murilo Fischer, do suíço Matti Breschel, do holandês Theo Bos e do italiano Alberto Loddo.

Começa já dia 19, esta primeira prova do calendário Pro Tour que promete ser electrizante.

El Comandante

41 Jovens Integram Equipas Profissionais

Foram 41, os jovens corredores que subiram esta época a seniores. 41 promissores ciclistas que integrarão o pelotão internacional esta época, em 23

Romain Sicard é a grande estrela, entre as contratações de jovens

equipas. A maioria dos ciclistas é belga e portuguesa (6 homens de cada uma destas nacionalidades), havendo 5 ciclistas italianos, 4 franceses e 4 alemães. São estas as nações que forneceram mais jovens ciclistas às equipas ProTour e Continentais.

Alguns dos nomes são bastante promissores e trazem um interesse acrescido às estradas. De destacar o nome do Campeão Mundial de sub-23, Romain Sicard, que é um reforço de peso para a Française de Jeux, um corredor muito completo e combativo que eleva o nível da equipa francesa. Outro ciclista que é capaz de dar que falar já na

Grande promessa do ciclismo, Stefan Denifl, ingressa na Garmin

sua primeira época sénior é Stefan Denifl, um ciclista austríaco pleno de qualidade na montanha e com grande margem de progressão no contra-relógio. É um ciclista que vem engrossar a já enorme qualidade do plantel da Garmin. Ainda no campo dos trepadores, Dario Cataldo e Egor Silin prometem dar espectáculo nos próximos anos.

Em termos de sprinters, existe uma grande quantidade de ciclistas que poderão dar nas vistas como Dennis

Taylor Phinney, um grande corredor para a Rock Racing

Van Winden, Taylor Phinney (que também promete dar luta nos contra-relógios e no pavé), Andreas Stauff, Domenik Klemme, entre outros.

No contra-relógio há nomes a ter em grande atenção como o Vice-CampeãoMundial de contra-relógio sub-23, Nélson Oliveira que assinou pela Barbot, o austríaco Matthias Brändle e Thomas de Gendt.

No pavé é Klaas Lodewyck que se destaca, sendo também um sprinter promissor e mais um nome de qualidade para a Garmin.

Nélson Oliveira é a nova sensação da Barbot-Siper

Outros nomes, como Davide Malacarne, Steven Kruijswijk, Johan Le Bon, Amaro Antunes, Tony Gallopin, entre muitos outros, também prometem qualidade num futuro a médio prazo, levantando grandes expectativas por parte dos fãs desta modalidade.

Em suma, temos dezenas de novos ciclistas que se preparam para rolar pelas estradas fora, em busca de crescimento e, quem sabe, de vitórias.

Drifter (com ajuda das estatísticas de joao789)

Mercado de Transferências – Continental

Passando agora para uma análise às equipas Continentais, parece-me claro

Gilberto Simoni ruma à equipa americana Garmin

que a Garmin e a Acqua Sapone são as grandes equipas desta série. A Garmin tem Simoni a juntar a Basso, Ginanni, Antonio Colom e o sprinter Francisco Pacheco. Perdeu Danielson e Vandevelde, é certo, mas tem grandes ciclistas e grandes nomes e, neste momento,parece-me claro que vai subir a ProTour. A Acqua Sapone está melhor, e se perdeu Garzelli, Paolini e Masciarelli, ganhou Floyd Landis, Dyachenko, Deignan, Danilo Hondo e Andrey Grivko e ainda Gomis, ou seja,

Floyd Landis liderará a Acqua & Sapone

nomes que, embora não sejam tão famosos, tornam a equipa mais consistente e com mais qualidade média, embora sem ter um grande nome. Como se sabe, Floyd Landis já não é o que era, mas vai liderar a equipa e é ciclista para top 15 em qualquer prova que entre.

Noutro patamar aparecem: Milram, Rock Racing, Madeinox, Liberty e Palmeiras, diga-se que a Madeinox quanto a mim foi a equipa que mais melhorou e, se é certo que perdeu os seus 2 melhores ciclistas (Van Huffel e o já citado Lloyd), ganhou Egoi Martinez, Fothen, e Danail Petrov, bem como os portugueses Samuel Caldeira e Daniel Mestre. Parece-me

Markus Fothen e Egoi Martinez liderarão a Madeinox-Boavista

destinada a finalizar no Top 5. A Milram muito pouco activa no mercado, contratou um nome que pode dar que falar: o cazaque Vinokourov. É esperar para ver, mas acho uma grande aposta. A Liberty também construiu uma grande equipa e parece-me que pode subir ao ProTour. Vandevelde, Svein Tuft e Radochla são três máquinas de guerra. Perdeu Koldo Gil, o que iremos ver se foi

Christian Vandevelde é a grande contratação da Liberty

acertado. Sinceramente, parece-me que na troca ficou a perder claramente pois Tuft pode vencer CR, mas além disso não dá para mais nada. A Palmeiras bem tem Isasi, Pagliarini e Mathieu Sprick como grandes caras. Eltink e Martens, principalmente este último, também podem dar grandes alegrias. A Rock apostou na veterania de

Marco Pinotti reforça Rock Racing

Nierman, Pinotti e Cioni e em Cañada, para ajudarem Sevilla a conseguir um top 10 na Vuelta. Parece-me uma equipa capaz de surpreender e de lutar por um top 5 geral.

Noutro patamar surgem: Française de Jeux, Barbot, LA-Rota dos Móveis, Loulé e Katusha. Começando pela Française de Jeux, mantém a equipa jovem, baseada em franceses, mas com Curtolo e Arashiro como as grandes aquisições para ajudarem Chavanel a vencer ao sprint. Penso que é muito bem visto pois podem ser a muleta que tanto lhe faltou na época passada. A Barbot, com poucas receitas, fez o que pôde e o que é certo é que está com uma equipa muito gira, e boa para surpreender, ou

Alexander Efimkin ruma ao seu país natal, ingressando na Katusha

não fossem Trent Lowe e Drujon grandes ciclistas. Perdeu Pacheco que vai fazer muita falta, mas manteve Bernabéu. A LA esteve activa e apostou nas reservas da Caisse, pouco conhecidas, pois naquela equipa é difícil ter oportunidades. Por fim, a Loulé tem como grande nome Horrach, mais uma reserva da Caisse, penso que é uma decisão acertada e que pode trazer dinheiro à equipa, Castanheira já com muita rodagem no pelotão também me parece acertado. Creed também foi um excelente negócio. Por fim, a Katusha que quanto a mim está mais fraca, mas já nos habituou a surpresas. Tem Löwik, Efimkin como grandes caras a juntar às que tem, mas perdeu Bozic, Loddo e Ignatiev. E que falta irão fazer.

Resumindo, penso que na globalidade as equipas estão mais fortes tirando uma ou outra excepção, e a divisão Continental será globalmente mais equilibrada do que a Pro Tour. Agora até dia 19.

liedshow

Mercado de Transferências – ProTour

O mercado de transferências foi bastante agitado. Iremos primeiro abordar as transferências Pro Tour e, só depois, num próximo artigo, as transferências continentais.

Stefano Garzelli

Stefano Garzelli troca a Acqua & Sapone pela Androni Giocattoli

Começando pelas equipas Pro Tour, retira-se uma

conclusão bastante simples: as equipas mais activas no mercado foram a Androni, Liquigas e Rabobank. Quanto a mim, estas três equipas apresentam-se muito mais fortes do que no início do mercado. Senão vejamos, a Androni é certo que perdeu Baden Cooke, Gilberto Simoni, Francesco Ginanni e Pagliarini, contudo, contratou Benjamin Noval, Stefano Garzelli, Robert Förster e Thomas Danielson. Penso que a equipa mudou um pouco as características. Parece-me que vai apostar em boas classificações gerais (não lugares de topo, porque é

Robert Förster também ruma à nova equipa ProTour Androni

muito difícil) e vai tentar ganhar etapas com Förster, Danielson e Garzelli, depois penso que Alberto Loddo também pode vencer etapas. O balanço feito a esta equipa é sem dúvida favorável durante o período de transferências. Rabobank e Liquigas, quanto a mim, foram as equipas que se reforçaram melhor, colocando, neste momento, em causa o domínio da Caísse. Senão vejamos, se é certo que Rabobank perdeu Förster, Gesink, Kohl, Löwik, Graeme Brown, mas vejamos as caras novas: Hoogerland, o corredor mais caro do mercado, mas um corredor que pode ganhar clássicas e também pode fazer grandes classificações em provas de menor importância, Baden

Robert Gesink e Kim Kirchen trocam de equipa

Cooke e Bobbie Traksel, grandes sprinters de grande resistência e que passam colinas e montanhas. E, por fim, os grandes reforços Brajkovic e Kim Kirchen (5º classificado da Vuelta). Brajkovic foi um pouco queimado na Liquigas e aqui espera poder liderar grandes provas, o que já lhe foi garantido por Silva.

A Liquigas comprou Kohl, Kashechkin, Paolini e Karsten Kroon, decide apostar em clássicas este ano e, acima de tudo, compôs uma equipa que pode vencer qualquer prova. É temível. Foram reforços cirúrgicos e, quanto a nós, o grande adversário da Caisse a par da Rabobank.

Hoogerland

Hoogerland foi a contratação mais cara do mercado

Agora falando do grande negócio do Verão: a troca de corredores entre primeiro e segundo Pro Tour. Caisse e Lotto são duas equipas que estavam com dificuldades em entrar em negócios durante o mercado e, duma assentada trocaram 3 corredores, e se é certo que a Lotto ficou com Karpets e Napolitano, a Caisse ficou com Nuyens e Popovych, quem ficou a ganhar não sei, mas a Lotto supriu a necessidade de sprinters e vai procurar vencer provas com Napolitano que esteve muito mal na Caisse, depois Theo Bos e e Niemec vão fortalecer ainda mais esta equipa em clássicas e melhorar na ajuda a Cadel

Napolitano veio suprir a falta de sprinters da Lotto e a Caisse assegurou o vencedor do Tour de 2008, Popovych

Evans. A Caisse mantém a mesma estrutura e não tinha razões para mudar já que é líder Pro Tour, contudo Nuyens vai permitir muita coisa e estou desejoso de ver este ciclista em acção.

Passando agora para a Team Columbia, a Quickstep, o Benfica, a Vacansoleil e CSC, dizer que a Team Columbia como é seu hábito

Stuart O'Grady reforça a Team Columbia

não mudou a equipa, perdeu Siutsou mas ganhou Stuart O’Grady numa clara tentativa de ganhar o Paris Roubaix. Callegarin também é uma grande aquisição para fazer esquecer o trepador perdido. O Benfica reforçou-se menos do que no outro mercado, mas com qualidade. Ignatiev é a grande cara deste Benfica, mas Borut Bozic também pode trazer alegrias, de resto, mantém mais ou menos a equipa. A CSC bem ganhou com Gesink um grande corredor, e ganhou Siutsou mas perdeu muita gente de qualidade Sastre, Fothen, Kirchen, Kroon e O’Grady, se bem que todos já com alguma idade. Parece-me que é uma equipa talhada para grandes voltas e para vitórias em CR e sprints com Cavendish, mas não me parece mais forte. A Vacansoleil entrou tarde, mas entrou bem senão vejamos: contratou

Carlos Sastre passa a liderar a Vancasoleil

Sastre, um grande nome e que pode dar vitórias à equipa e fazê-la lutar por um top 5 em qualquer prova. A Quickstep perdeu gente importante, mas parece-me mais forte ou não fossem Koldo Gil, Casar e Brown grandes ciclistas, além disso têm o jovem francês Moinard e ainda Manuel Vasquez. Por fim, a Euskaltel, uma equipa tradicionalmente espanhola que mantém a estrutura. Esperemos que seja esta época que os seus ciclistas apareçam. Referência para a contratação de estrangeiros esta época, como Lloyd e Ricardo Mestre.

liedshow

O Renascer do Jornal Sempre na Roda

Começa aqui uma nova fase na vida do Jornal Sempre na Roda. Este jornal teve o seu nascimento há cerca de um ano, tendo apenas publicado duas edições. Esteve adormecido durante vários meses e, nesta nova época de 2010, volta a nascer, sob outro formato. Desta vez, é o formato digital que será a forma de transmitir as notícias do Jogo de Ciclismo. Diversos jornalistas e comentadores colaborarão na redacção deste jornal que pretende ser o meio de eleição para as pessoas se manterem informadas sobre as provas, ciclistas e equipas de ciclismo. Este projecto terá a coordenação de Drifter e a colaboração de todos os que quiserem e puderem ajudar. Existirá a possibilidade de comentar todos os artigos publicados e qualquer Director Desportivo poderá dar o seu contributo para o desenvolvimento do jornal.

Inicia-se agora a época de 2010, após uma intensa época de transferências. As primeiras provas serão o Tour Down Under e o Tour de San Luis. Nos próximos dias serão publicados artigos sobre a época de transferências. Os nossos leitores poderão, posteriormente, ler antevisões dos nossos especialistas sobre a prova australiana e a prova argentina, que tão esperadas têm sido pelos fãs do ciclismo de estrada.

No futuro, serão também publicadas análises das provas e entrevistas a ciclistas e directores desportivos. Serão também eleitos os melhores intervenientes do mês, sob formato ainda a definir. Poderão também existir votações a que poderão responder, como forma de sondagem de opinião. É ainda possível contactar a redacção através do e-mail do jornal: jornal.snr@gmail.com ou através dos comentários ao post.

Está aberto este novo projecto que espera ter a adesão de todos os Directores Desportivos e aficionados do ciclismo!

Drifter