Tag Archives: transferências

Mercado de Transferências – Continental

Passando agora para uma análise às equipas Continentais, parece-me claro

Gilberto Simoni ruma à equipa americana Garmin

que a Garmin e a Acqua Sapone são as grandes equipas desta série. A Garmin tem Simoni a juntar a Basso, Ginanni, Antonio Colom e o sprinter Francisco Pacheco. Perdeu Danielson e Vandevelde, é certo, mas tem grandes ciclistas e grandes nomes e, neste momento,parece-me claro que vai subir a ProTour. A Acqua Sapone está melhor, e se perdeu Garzelli, Paolini e Masciarelli, ganhou Floyd Landis, Dyachenko, Deignan, Danilo Hondo e Andrey Grivko e ainda Gomis, ou seja,

Floyd Landis liderará a Acqua & Sapone

nomes que, embora não sejam tão famosos, tornam a equipa mais consistente e com mais qualidade média, embora sem ter um grande nome. Como se sabe, Floyd Landis já não é o que era, mas vai liderar a equipa e é ciclista para top 15 em qualquer prova que entre.

Noutro patamar aparecem: Milram, Rock Racing, Madeinox, Liberty e Palmeiras, diga-se que a Madeinox quanto a mim foi a equipa que mais melhorou e, se é certo que perdeu os seus 2 melhores ciclistas (Van Huffel e o já citado Lloyd), ganhou Egoi Martinez, Fothen, e Danail Petrov, bem como os portugueses Samuel Caldeira e Daniel Mestre. Parece-me

Markus Fothen e Egoi Martinez liderarão a Madeinox-Boavista

destinada a finalizar no Top 5. A Milram muito pouco activa no mercado, contratou um nome que pode dar que falar: o cazaque Vinokourov. É esperar para ver, mas acho uma grande aposta. A Liberty também construiu uma grande equipa e parece-me que pode subir ao ProTour. Vandevelde, Svein Tuft e Radochla são três máquinas de guerra. Perdeu Koldo Gil, o que iremos ver se foi

Christian Vandevelde é a grande contratação da Liberty

acertado. Sinceramente, parece-me que na troca ficou a perder claramente pois Tuft pode vencer CR, mas além disso não dá para mais nada. A Palmeiras bem tem Isasi, Pagliarini e Mathieu Sprick como grandes caras. Eltink e Martens, principalmente este último, também podem dar grandes alegrias. A Rock apostou na veterania de

Marco Pinotti reforça Rock Racing

Nierman, Pinotti e Cioni e em Cañada, para ajudarem Sevilla a conseguir um top 10 na Vuelta. Parece-me uma equipa capaz de surpreender e de lutar por um top 5 geral.

Noutro patamar surgem: Française de Jeux, Barbot, LA-Rota dos Móveis, Loulé e Katusha. Começando pela Française de Jeux, mantém a equipa jovem, baseada em franceses, mas com Curtolo e Arashiro como as grandes aquisições para ajudarem Chavanel a vencer ao sprint. Penso que é muito bem visto pois podem ser a muleta que tanto lhe faltou na época passada. A Barbot, com poucas receitas, fez o que pôde e o que é certo é que está com uma equipa muito gira, e boa para surpreender, ou

Alexander Efimkin ruma ao seu país natal, ingressando na Katusha

não fossem Trent Lowe e Drujon grandes ciclistas. Perdeu Pacheco que vai fazer muita falta, mas manteve Bernabéu. A LA esteve activa e apostou nas reservas da Caisse, pouco conhecidas, pois naquela equipa é difícil ter oportunidades. Por fim, a Loulé tem como grande nome Horrach, mais uma reserva da Caisse, penso que é uma decisão acertada e que pode trazer dinheiro à equipa, Castanheira já com muita rodagem no pelotão também me parece acertado. Creed também foi um excelente negócio. Por fim, a Katusha que quanto a mim está mais fraca, mas já nos habituou a surpresas. Tem Löwik, Efimkin como grandes caras a juntar às que tem, mas perdeu Bozic, Loddo e Ignatiev. E que falta irão fazer.

Resumindo, penso que na globalidade as equipas estão mais fortes tirando uma ou outra excepção, e a divisão Continental será globalmente mais equilibrada do que a Pro Tour. Agora até dia 19.

liedshow

Mercado de Transferências – ProTour

O mercado de transferências foi bastante agitado. Iremos primeiro abordar as transferências Pro Tour e, só depois, num próximo artigo, as transferências continentais.

Stefano Garzelli

Stefano Garzelli troca a Acqua & Sapone pela Androni Giocattoli

Começando pelas equipas Pro Tour, retira-se uma

conclusão bastante simples: as equipas mais activas no mercado foram a Androni, Liquigas e Rabobank. Quanto a mim, estas três equipas apresentam-se muito mais fortes do que no início do mercado. Senão vejamos, a Androni é certo que perdeu Baden Cooke, Gilberto Simoni, Francesco Ginanni e Pagliarini, contudo, contratou Benjamin Noval, Stefano Garzelli, Robert Förster e Thomas Danielson. Penso que a equipa mudou um pouco as características. Parece-me que vai apostar em boas classificações gerais (não lugares de topo, porque é

Robert Förster também ruma à nova equipa ProTour Androni

muito difícil) e vai tentar ganhar etapas com Förster, Danielson e Garzelli, depois penso que Alberto Loddo também pode vencer etapas. O balanço feito a esta equipa é sem dúvida favorável durante o período de transferências. Rabobank e Liquigas, quanto a mim, foram as equipas que se reforçaram melhor, colocando, neste momento, em causa o domínio da Caísse. Senão vejamos, se é certo que Rabobank perdeu Förster, Gesink, Kohl, Löwik, Graeme Brown, mas vejamos as caras novas: Hoogerland, o corredor mais caro do mercado, mas um corredor que pode ganhar clássicas e também pode fazer grandes classificações em provas de menor importância, Baden

Robert Gesink e Kim Kirchen trocam de equipa

Cooke e Bobbie Traksel, grandes sprinters de grande resistência e que passam colinas e montanhas. E, por fim, os grandes reforços Brajkovic e Kim Kirchen (5º classificado da Vuelta). Brajkovic foi um pouco queimado na Liquigas e aqui espera poder liderar grandes provas, o que já lhe foi garantido por Silva.

A Liquigas comprou Kohl, Kashechkin, Paolini e Karsten Kroon, decide apostar em clássicas este ano e, acima de tudo, compôs uma equipa que pode vencer qualquer prova. É temível. Foram reforços cirúrgicos e, quanto a nós, o grande adversário da Caisse a par da Rabobank.

Hoogerland

Hoogerland foi a contratação mais cara do mercado

Agora falando do grande negócio do Verão: a troca de corredores entre primeiro e segundo Pro Tour. Caisse e Lotto são duas equipas que estavam com dificuldades em entrar em negócios durante o mercado e, duma assentada trocaram 3 corredores, e se é certo que a Lotto ficou com Karpets e Napolitano, a Caisse ficou com Nuyens e Popovych, quem ficou a ganhar não sei, mas a Lotto supriu a necessidade de sprinters e vai procurar vencer provas com Napolitano que esteve muito mal na Caisse, depois Theo Bos e e Niemec vão fortalecer ainda mais esta equipa em clássicas e melhorar na ajuda a Cadel

Napolitano veio suprir a falta de sprinters da Lotto e a Caisse assegurou o vencedor do Tour de 2008, Popovych

Evans. A Caisse mantém a mesma estrutura e não tinha razões para mudar já que é líder Pro Tour, contudo Nuyens vai permitir muita coisa e estou desejoso de ver este ciclista em acção.

Passando agora para a Team Columbia, a Quickstep, o Benfica, a Vacansoleil e CSC, dizer que a Team Columbia como é seu hábito

Stuart O'Grady reforça a Team Columbia

não mudou a equipa, perdeu Siutsou mas ganhou Stuart O’Grady numa clara tentativa de ganhar o Paris Roubaix. Callegarin também é uma grande aquisição para fazer esquecer o trepador perdido. O Benfica reforçou-se menos do que no outro mercado, mas com qualidade. Ignatiev é a grande cara deste Benfica, mas Borut Bozic também pode trazer alegrias, de resto, mantém mais ou menos a equipa. A CSC bem ganhou com Gesink um grande corredor, e ganhou Siutsou mas perdeu muita gente de qualidade Sastre, Fothen, Kirchen, Kroon e O’Grady, se bem que todos já com alguma idade. Parece-me que é uma equipa talhada para grandes voltas e para vitórias em CR e sprints com Cavendish, mas não me parece mais forte. A Vacansoleil entrou tarde, mas entrou bem senão vejamos: contratou

Carlos Sastre passa a liderar a Vancasoleil

Sastre, um grande nome e que pode dar vitórias à equipa e fazê-la lutar por um top 5 em qualquer prova. A Quickstep perdeu gente importante, mas parece-me mais forte ou não fossem Koldo Gil, Casar e Brown grandes ciclistas, além disso têm o jovem francês Moinard e ainda Manuel Vasquez. Por fim, a Euskaltel, uma equipa tradicionalmente espanhola que mantém a estrutura. Esperemos que seja esta época que os seus ciclistas apareçam. Referência para a contratação de estrangeiros esta época, como Lloyd e Ricardo Mestre.

liedshow