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41 Jovens Integram Equipas Profissionais

Foram 41, os jovens corredores que subiram esta época a seniores. 41 promissores ciclistas que integrarão o pelotão internacional esta época, em 23

Romain Sicard é a grande estrela, entre as contratações de jovens

equipas. A maioria dos ciclistas é belga e portuguesa (6 homens de cada uma destas nacionalidades), havendo 5 ciclistas italianos, 4 franceses e 4 alemães. São estas as nações que forneceram mais jovens ciclistas às equipas ProTour e Continentais.

Alguns dos nomes são bastante promissores e trazem um interesse acrescido às estradas. De destacar o nome do Campeão Mundial de sub-23, Romain Sicard, que é um reforço de peso para a Française de Jeux, um corredor muito completo e combativo que eleva o nível da equipa francesa. Outro ciclista que é capaz de dar que falar já na

Grande promessa do ciclismo, Stefan Denifl, ingressa na Garmin

sua primeira época sénior é Stefan Denifl, um ciclista austríaco pleno de qualidade na montanha e com grande margem de progressão no contra-relógio. É um ciclista que vem engrossar a já enorme qualidade do plantel da Garmin. Ainda no campo dos trepadores, Dario Cataldo e Egor Silin prometem dar espectáculo nos próximos anos.

Em termos de sprinters, existe uma grande quantidade de ciclistas que poderão dar nas vistas como Dennis

Taylor Phinney, um grande corredor para a Rock Racing

Van Winden, Taylor Phinney (que também promete dar luta nos contra-relógios e no pavé), Andreas Stauff, Domenik Klemme, entre outros.

No contra-relógio há nomes a ter em grande atenção como o Vice-CampeãoMundial de contra-relógio sub-23, Nélson Oliveira que assinou pela Barbot, o austríaco Matthias Brändle e Thomas de Gendt.

No pavé é Klaas Lodewyck que se destaca, sendo também um sprinter promissor e mais um nome de qualidade para a Garmin.

Nélson Oliveira é a nova sensação da Barbot-Siper

Outros nomes, como Davide Malacarne, Steven Kruijswijk, Johan Le Bon, Amaro Antunes, Tony Gallopin, entre muitos outros, também prometem qualidade num futuro a médio prazo, levantando grandes expectativas por parte dos fãs desta modalidade.

Em suma, temos dezenas de novos ciclistas que se preparam para rolar pelas estradas fora, em busca de crescimento e, quem sabe, de vitórias.

Drifter (com ajuda das estatísticas de joao789)

Mercado de Transferências – Continental

Passando agora para uma análise às equipas Continentais, parece-me claro

Gilberto Simoni ruma à equipa americana Garmin

que a Garmin e a Acqua Sapone são as grandes equipas desta série. A Garmin tem Simoni a juntar a Basso, Ginanni, Antonio Colom e o sprinter Francisco Pacheco. Perdeu Danielson e Vandevelde, é certo, mas tem grandes ciclistas e grandes nomes e, neste momento,parece-me claro que vai subir a ProTour. A Acqua Sapone está melhor, e se perdeu Garzelli, Paolini e Masciarelli, ganhou Floyd Landis, Dyachenko, Deignan, Danilo Hondo e Andrey Grivko e ainda Gomis, ou seja,

Floyd Landis liderará a Acqua & Sapone

nomes que, embora não sejam tão famosos, tornam a equipa mais consistente e com mais qualidade média, embora sem ter um grande nome. Como se sabe, Floyd Landis já não é o que era, mas vai liderar a equipa e é ciclista para top 15 em qualquer prova que entre.

Noutro patamar aparecem: Milram, Rock Racing, Madeinox, Liberty e Palmeiras, diga-se que a Madeinox quanto a mim foi a equipa que mais melhorou e, se é certo que perdeu os seus 2 melhores ciclistas (Van Huffel e o já citado Lloyd), ganhou Egoi Martinez, Fothen, e Danail Petrov, bem como os portugueses Samuel Caldeira e Daniel Mestre. Parece-me

Markus Fothen e Egoi Martinez liderarão a Madeinox-Boavista

destinada a finalizar no Top 5. A Milram muito pouco activa no mercado, contratou um nome que pode dar que falar: o cazaque Vinokourov. É esperar para ver, mas acho uma grande aposta. A Liberty também construiu uma grande equipa e parece-me que pode subir ao ProTour. Vandevelde, Svein Tuft e Radochla são três máquinas de guerra. Perdeu Koldo Gil, o que iremos ver se foi

Christian Vandevelde é a grande contratação da Liberty

acertado. Sinceramente, parece-me que na troca ficou a perder claramente pois Tuft pode vencer CR, mas além disso não dá para mais nada. A Palmeiras bem tem Isasi, Pagliarini e Mathieu Sprick como grandes caras. Eltink e Martens, principalmente este último, também podem dar grandes alegrias. A Rock apostou na veterania de

Marco Pinotti reforça Rock Racing

Nierman, Pinotti e Cioni e em Cañada, para ajudarem Sevilla a conseguir um top 10 na Vuelta. Parece-me uma equipa capaz de surpreender e de lutar por um top 5 geral.

Noutro patamar surgem: Française de Jeux, Barbot, LA-Rota dos Móveis, Loulé e Katusha. Começando pela Française de Jeux, mantém a equipa jovem, baseada em franceses, mas com Curtolo e Arashiro como as grandes aquisições para ajudarem Chavanel a vencer ao sprint. Penso que é muito bem visto pois podem ser a muleta que tanto lhe faltou na época passada. A Barbot, com poucas receitas, fez o que pôde e o que é certo é que está com uma equipa muito gira, e boa para surpreender, ou

Alexander Efimkin ruma ao seu país natal, ingressando na Katusha

não fossem Trent Lowe e Drujon grandes ciclistas. Perdeu Pacheco que vai fazer muita falta, mas manteve Bernabéu. A LA esteve activa e apostou nas reservas da Caisse, pouco conhecidas, pois naquela equipa é difícil ter oportunidades. Por fim, a Loulé tem como grande nome Horrach, mais uma reserva da Caisse, penso que é uma decisão acertada e que pode trazer dinheiro à equipa, Castanheira já com muita rodagem no pelotão também me parece acertado. Creed também foi um excelente negócio. Por fim, a Katusha que quanto a mim está mais fraca, mas já nos habituou a surpresas. Tem Löwik, Efimkin como grandes caras a juntar às que tem, mas perdeu Bozic, Loddo e Ignatiev. E que falta irão fazer.

Resumindo, penso que na globalidade as equipas estão mais fortes tirando uma ou outra excepção, e a divisão Continental será globalmente mais equilibrada do que a Pro Tour. Agora até dia 19.

liedshow

Mercado de Transferências – ProTour

O mercado de transferências foi bastante agitado. Iremos primeiro abordar as transferências Pro Tour e, só depois, num próximo artigo, as transferências continentais.

Stefano Garzelli

Stefano Garzelli troca a Acqua & Sapone pela Androni Giocattoli

Começando pelas equipas Pro Tour, retira-se uma

conclusão bastante simples: as equipas mais activas no mercado foram a Androni, Liquigas e Rabobank. Quanto a mim, estas três equipas apresentam-se muito mais fortes do que no início do mercado. Senão vejamos, a Androni é certo que perdeu Baden Cooke, Gilberto Simoni, Francesco Ginanni e Pagliarini, contudo, contratou Benjamin Noval, Stefano Garzelli, Robert Förster e Thomas Danielson. Penso que a equipa mudou um pouco as características. Parece-me que vai apostar em boas classificações gerais (não lugares de topo, porque é

Robert Förster também ruma à nova equipa ProTour Androni

muito difícil) e vai tentar ganhar etapas com Förster, Danielson e Garzelli, depois penso que Alberto Loddo também pode vencer etapas. O balanço feito a esta equipa é sem dúvida favorável durante o período de transferências. Rabobank e Liquigas, quanto a mim, foram as equipas que se reforçaram melhor, colocando, neste momento, em causa o domínio da Caísse. Senão vejamos, se é certo que Rabobank perdeu Förster, Gesink, Kohl, Löwik, Graeme Brown, mas vejamos as caras novas: Hoogerland, o corredor mais caro do mercado, mas um corredor que pode ganhar clássicas e também pode fazer grandes classificações em provas de menor importância, Baden

Robert Gesink e Kim Kirchen trocam de equipa

Cooke e Bobbie Traksel, grandes sprinters de grande resistência e que passam colinas e montanhas. E, por fim, os grandes reforços Brajkovic e Kim Kirchen (5º classificado da Vuelta). Brajkovic foi um pouco queimado na Liquigas e aqui espera poder liderar grandes provas, o que já lhe foi garantido por Silva.

A Liquigas comprou Kohl, Kashechkin, Paolini e Karsten Kroon, decide apostar em clássicas este ano e, acima de tudo, compôs uma equipa que pode vencer qualquer prova. É temível. Foram reforços cirúrgicos e, quanto a nós, o grande adversário da Caisse a par da Rabobank.

Hoogerland

Hoogerland foi a contratação mais cara do mercado

Agora falando do grande negócio do Verão: a troca de corredores entre primeiro e segundo Pro Tour. Caisse e Lotto são duas equipas que estavam com dificuldades em entrar em negócios durante o mercado e, duma assentada trocaram 3 corredores, e se é certo que a Lotto ficou com Karpets e Napolitano, a Caisse ficou com Nuyens e Popovych, quem ficou a ganhar não sei, mas a Lotto supriu a necessidade de sprinters e vai procurar vencer provas com Napolitano que esteve muito mal na Caisse, depois Theo Bos e e Niemec vão fortalecer ainda mais esta equipa em clássicas e melhorar na ajuda a Cadel

Napolitano veio suprir a falta de sprinters da Lotto e a Caisse assegurou o vencedor do Tour de 2008, Popovych

Evans. A Caisse mantém a mesma estrutura e não tinha razões para mudar já que é líder Pro Tour, contudo Nuyens vai permitir muita coisa e estou desejoso de ver este ciclista em acção.

Passando agora para a Team Columbia, a Quickstep, o Benfica, a Vacansoleil e CSC, dizer que a Team Columbia como é seu hábito

Stuart O'Grady reforça a Team Columbia

não mudou a equipa, perdeu Siutsou mas ganhou Stuart O’Grady numa clara tentativa de ganhar o Paris Roubaix. Callegarin também é uma grande aquisição para fazer esquecer o trepador perdido. O Benfica reforçou-se menos do que no outro mercado, mas com qualidade. Ignatiev é a grande cara deste Benfica, mas Borut Bozic também pode trazer alegrias, de resto, mantém mais ou menos a equipa. A CSC bem ganhou com Gesink um grande corredor, e ganhou Siutsou mas perdeu muita gente de qualidade Sastre, Fothen, Kirchen, Kroon e O’Grady, se bem que todos já com alguma idade. Parece-me que é uma equipa talhada para grandes voltas e para vitórias em CR e sprints com Cavendish, mas não me parece mais forte. A Vacansoleil entrou tarde, mas entrou bem senão vejamos: contratou

Carlos Sastre passa a liderar a Vancasoleil

Sastre, um grande nome e que pode dar vitórias à equipa e fazê-la lutar por um top 5 em qualquer prova. A Quickstep perdeu gente importante, mas parece-me mais forte ou não fossem Koldo Gil, Casar e Brown grandes ciclistas, além disso têm o jovem francês Moinard e ainda Manuel Vasquez. Por fim, a Euskaltel, uma equipa tradicionalmente espanhola que mantém a estrutura. Esperemos que seja esta época que os seus ciclistas apareçam. Referência para a contratação de estrangeiros esta época, como Lloyd e Ricardo Mestre.

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