O mercado de transferências foi bastante agitado. Iremos primeiro abordar as transferências Pro Tour e, só depois, num próximo artigo, as transferências continentais.
Stefano Garzelli troca a Acqua & Sapone pela Androni Giocattoli
Começando pelas equipas Pro Tour, retira-se uma
conclusão bastante simples: as equipas mais activas no mercado foram a Androni, Liquigas e Rabobank. Quanto a mim, estas três equipas apresentam-se muito mais fortes do que no início do mercado. Senão vejamos, a Androni é certo que perdeu Baden Cooke, Gilberto Simoni, Francesco Ginanni e Pagliarini, contudo, contratou Benjamin Noval, Stefano Garzelli, Robert Förster e Thomas Danielson. Penso que a equipa mudou um pouco as características. Parece-me que vai apostar em boas classificações gerais (não lugares de topo, porque é
Robert Förster também ruma à nova equipa ProTour Androni
muito difícil) e vai tentar ganhar etapas com Förster, Danielson e Garzelli, depois penso que Alberto Loddo também pode vencer etapas. O balanço feito a esta equipa é sem dúvida favorável durante o período de transferências. Rabobank e Liquigas, quanto a mim, foram as equipas que se reforçaram melhor, colocando, neste momento, em causa o domínio da Caísse. Senão vejamos, se é certo que Rabobank perdeu Förster, Gesink, Kohl, Löwik, Graeme Brown, mas vejamos as caras novas: Hoogerland, o corredor mais caro do mercado, mas um corredor que pode ganhar clássicas e também pode fazer grandes classificações em provas de menor importância, Baden
Robert Gesink e Kim Kirchen trocam de equipa
Cooke e Bobbie Traksel, grandes sprinters de grande resistência e que passam colinas e montanhas. E, por fim, os grandes reforços Brajkovic e Kim Kirchen (5º classificado da Vuelta). Brajkovic foi um pouco queimado na Liquigas e aqui espera poder liderar grandes provas, o que já lhe foi garantido por Silva.
A Liquigas comprou Kohl, Kashechkin, Paolini e Karsten Kroon, decide apostar em clássicas este ano e, acima de tudo, compôs uma equipa que pode vencer qualquer prova. É temível. Foram reforços cirúrgicos e, quanto a nós, o grande adversário da Caisse a par da Rabobank.
Hoogerland foi a contratação mais cara do mercado
Agora falando do grande negócio do Verão: a troca de corredores entre primeiro e segundo Pro Tour. Caisse e Lotto são duas equipas que estavam com dificuldades em entrar em negócios durante o mercado e, duma assentada trocaram 3 corredores, e se é certo que a Lotto ficou com Karpets e Napolitano, a Caisse ficou com Nuyens e Popovych, quem ficou a ganhar não sei, mas a Lotto supriu a necessidade de sprinters e vai procurar vencer provas com Napolitano que esteve muito mal na Caisse, depois Theo Bos e e Niemec vão fortalecer ainda mais esta equipa em clássicas e melhorar na ajuda a Cadel
Napolitano veio suprir a falta de sprinters da Lotto e a Caisse assegurou o vencedor do Tour de 2008, Popovych
Evans. A Caisse mantém a mesma estrutura e não tinha razões para mudar já que é líder Pro Tour, contudo Nuyens vai permitir muita coisa e estou desejoso de ver este ciclista em acção.
Passando agora para a Team Columbia, a Quickstep, o Benfica, a Vacansoleil e CSC, dizer que a Team Columbia como é seu hábito
Stuart O'Grady reforça a Team Columbia
não mudou a equipa, perdeu Siutsou mas ganhou Stuart O’Grady numa clara tentativa de ganhar o Paris Roubaix. Callegarin também é uma grande aquisição para fazer esquecer o trepador perdido. O Benfica reforçou-se menos do que no outro mercado, mas com qualidade. Ignatiev é a grande cara deste Benfica, mas Borut Bozic também pode trazer alegrias, de resto, mantém mais ou menos a equipa. A CSC bem ganhou com Gesink um grande corredor, e ganhou Siutsou mas perdeu muita gente de qualidade Sastre, Fothen, Kirchen, Kroon e O’Grady, se bem que todos já com alguma idade. Parece-me que é uma equipa talhada para grandes voltas e para vitórias em CR e sprints com Cavendish, mas não me parece mais forte. A Vacansoleil entrou tarde, mas entrou bem senão vejamos: contratou
Carlos Sastre passa a liderar a Vancasoleil
Sastre, um grande nome e que pode dar vitórias à equipa e fazê-la lutar por um top 5 em qualquer prova. A Quickstep perdeu gente importante, mas parece-me mais forte ou não fossem Koldo Gil, Casar e Brown grandes ciclistas, além disso têm o jovem francês Moinard e ainda Manuel Vasquez. Por fim, a Euskaltel, uma equipa tradicionalmente espanhola que mantém a estrutura. Esperemos que seja esta época que os seus ciclistas apareçam. Referência para a contratação de estrangeiros esta época, como Lloyd e Ricardo Mestre.
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